Quando eu via
um deficiente no farol pedindo dinheiro, pensava comigo: ‘será que uma pessoa
com deficiência não pode fazer nada mais digno do que apenas pedir ajuda na rua
para sobreviver?’ Logo depois, li uma reportagem com a estatística de que 10%
da população mundial tinha alguma deficiência.
Foi nessa
ocasião, há 23 anos, que criei o Projeto Cidadania®, hoje um dos produtos do Instituto
Pró-Cidadania, que ainda mantém os programas de retenção, da Rede IPC e do 4º
Setor®.
Em 1991, veio
a Lei de Cotas para Deficientes. De lá para cá, o tema ficou mais latente no
meio empresarial, mas as barreiras e dificuldades para a inclusão de pessoas
com deficiência no mercado de trabalho ainda são visíveis. E eu sempre
questiono: “será que, sem essa obrigatoriedade, as conquistas teriam sido as
mesmas?”. Minha resposta é: “não”.
Como
presidente do IPC, vivo essa realidade cotidianamente. Continuo insistindo na
necessidade de conscientização das empresas e da sociedade civil para mudar
esse cenário, para que as pessoas com deficiência passem a fazer parte da
economia produtiva do País.
Um abraço,
Açucena
Nenhum comentário:
Postar um comentário