domingo, 30 de dezembro de 2012

Feliz 2013, com amor!


Estamos chegando ao final do ano. Para mim, particularmente foi muito bom, mas num balanço geral foi um ano de muitas perdas. Perdas de pessoas estimadas, próximas, que trouxeram muita tristeza para amigos queridos e, claro, também me abalaram. Chegou um determinado momento do ano em que toda a semana eu recebia um notícia ruim e agora, na última semana, todos os dias. Ainda bem que está acabando. Tomara que o novo ano traga só notícias de nascimento e saúde, recuperação.

Pessoalmente não posso reclamar, ao contrário, só tenho a agradecer. Aliás, sempre só tenho a agradecer. Deus me dá muito mais do que mereço, a começar pelo trabalho que realizo e que possibilita oferecer oportunidades de mudança de vida para muitas pessoas realmente necessitadas. Só isto já bastaria. Mas, lembro-me de uma passagem da minha vida há muitos anos, quando, durante uma entrevista com um candidato, notei uma depressão profunda e falei muito com ele. Falei sobre o que eu imaginava que ele estava sentindo, o que eu conhecia sobre isto e que tudo passaria, era uma fase. Uma semana depois, na véspera do Natal, a mãe dele enviou um ramalhete de flores lindo, com a cópia de uma carta que ele havia escrito para ela, despedindo-se, pois tinha a intenção de se suicidar. Junto com esta carta, veio um bilhete dela, dizendo que o melhor presente de Natal que ela havia recebido foi ter o filho de volta, após a conversa que tivemos.

Depois deste dia, foram inúmeras vezes que presenciei fatos como este, tristes, mas com final feliz.

Não cursei psicologia, nem tenho vocação religiosa. Basta se atentar às pessoas e ouvi-las. Nesta vida corrida, não nos importamos muito com as pessoas e seus problemas e às vezes basta tão pouco para alegrarmos alguém, ou reanimar uma pessoa à vida.

Deseje a todos, neste 2013 que se inicia, muito amor, pois ele está esquecido. Antigamente ouvíamos uma notícia de assassinato, assaltos violentos, estupros e ficávamos semanas remoendo a notícia – realmente nos chocava e chegávamos a rezar pelas pessoas que partiram e pelos entes queridos que ficaram, para que tivessem força para passar este momento doloroso. Isto era amor. Hoje, ouvimos as mesmas notícias, cada vez mais intensas em crueldade e em quantidade e somente pensamos, de novo? O amor se foi.

Romantismo é ultrapassado; respeito aos mais velhos é démodé; os casais não duram mais nem três anos; respeito aos filhos, pra quê? A família está sendo destruída e não estamos nos dando conta disto. A família é a base e o amor é a base da família.

Então, o que eu posso desejar de melhor para todos é que cada um encontre novamente o amor pelos pais, filhos, amigos, companheiros, colegas, vizinhos, pelos seres humanos, racionais, irracionais, enfim, pela vida e que Deus reavive o amor puro nos corações de todos.

Feliz 2013!

 

Açucena

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

LADO B


Sou paulistana de nascimento, aquariana de carteirinha e ítalo-libanesa de sangue e coração.

Acredito em Deus e no bem que fazemos na Terra, aliás um dos meus “hobbies” favoritos. Não gosto da hipocrisia, da mentira e muito menos de “puxar o saco” dos outros.

Quando criança, eu não sabia o que queria ter como profissão. Mas já tinha certeza do que não desejaria ser: médica, dentista, advogada, psicóloga, engenheira, nada que fosse tradicional. Daí me formei em Nutrição, gostei da área e fiz doutorado em Dietoterapia. Depois veio a pós-graduação em Administração e, por força do destino, me enveredei na área de RH, acabei me especializando no campo trabalhista e sindical.

Sempre me envolvi com projetos sociais, até criar o meu próprio, que deu origem ao IPC.

Neste blog, no entanto, quero expor a Açucena pela própria Açucena, sem os vínculos institucionais que me rodeiam no dia a dia.

E conto com você para comentar, opinar e compartilhar!

Um abraço,
 
Açucena
 

 

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

LADO A


Quando eu via um deficiente no farol pedindo dinheiro, pensava comigo: ‘será que uma pessoa com deficiência não pode fazer nada mais digno do que apenas pedir ajuda na rua para sobreviver?’ Logo depois, li uma reportagem com a estatística de que 10% da população mundial tinha alguma deficiência.

Foi nessa ocasião, há 23 anos, que criei o Projeto Cidadania®, hoje um dos produtos do Instituto Pró-Cidadania, que ainda mantém os programas de retenção, da Rede IPC e do 4º Setor®.

Em 1991, veio a Lei de Cotas para Deficientes. De lá para cá, o tema ficou mais latente no meio empresarial, mas as barreiras e dificuldades para a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho ainda são visíveis. E eu sempre questiono: “será que, sem essa obrigatoriedade, as conquistas teriam sido as mesmas?”. Minha resposta é: “não”.

Como presidente do IPC, vivo essa realidade cotidianamente. Continuo insistindo na necessidade de conscientização das empresas e da sociedade civil para mudar esse cenário, para que as pessoas com deficiência passem a fazer parte da economia produtiva do País.

Um abraço,

Açucena