segunda-feira, 19 de maio de 2014

RH sempre é decisivo


Independentemente dos altos e baixos da economia internacional ou dos erros e acertos inerentes ao nosso governo, cruciais para a economia, a área de Recursos Humanos sempre teve e terá seu posicionamento perante as empresas e a própria sociedade. As oportunidades para que a voz do RH seja ouvida com maior intensidade estão disponíveis como nunca, cabendo aos profissionais do setor e às associações que os representam buscar formas conjuntas de participação e diálogo.

É importante lembrar que o RH tem sido, ao longo das últimas décadas, protagonista atuante nos processos de mudança. A área soube lidar com os efeitos da evolução tecnológica, com os processos de fusão e reestruturação, com a crise do desemprego e até com modismos, que de tempos em tempos ganharam status nas corporações. Sendo assim, sabe não só reconhecer a importância das transformações como entender os efeitos que causam sobre homens, empresas e comunidades.

Esse conhecimento credencia os profissionais do setor a terem uma participação decisiva nas reformas agendadas pelo governo. Sem dúvida, a área pode contribuir para o aperfeiçoamento da previdência, para as negociações que têm como objetivo a flexibilização cada vez maior das relações do trabalho e reformas sociais necessárias.

Especificamente nas questões que envolvem as relações trabalhistas, o RH desempenha o importante papel de intermediador das necessidades do empregador, atuando como uma grande ouvidoria. Seu objetivo maior é administrar posições e diferenças para que todos se sintam ouvidos, um perfeito Ombudsman na área sócio-profissional.

Outra contribuição decisiva da área está na intermediação do diálogo entre as empresas e o poder público, arte plenamente dominada por aqueles que sempre estiveram nas mesas de negociação que contrapunham capital e trabalho, governo e sindicatos, líderes e liderados. Afinal, dialogar, negociar, trocar impressões e experiências são ações permanentes de quem lida com pessoas.

Mais do que nunca, o RH pode assumir um papel importante em outras questões vitais para a retomada do desenvolvimento das empresas e, consequentemente, do país. Isso significa continuar lutando pela qualidade de vida nas organizações, fundamental para a obtenção de melhores índices de competitividade e pelo entendimento de que a diversidade racial, regional, educacional ou de padrão é um atributo extremamente contributivo para a criatividade.

Além disso, cabe ao RH trabalhar para o engajamento das organizações em ações de responsabilidade social, que ultrapassem as fronteiras do marketing, tendo reflexos positivos nas comunidades e na ampliação do envolvimento das empresas com a educação de seus funcionários, familiares ou comunidades, principalmente no sentido de desenvolver a cidadania e o caráter – algo que ninguém fará, se o RH não o fizer.

Em resumo, e mais do que nunca, o RH deverá desempenhar o papel de fazer as pessoas crescerem. Já o compromisso de entidades que congregam profissionais do setor de todo o Brasil deve estar em melhorar as condições para que isso aconteça e aumentar as possibilidades e os espaços para que todos tenham voz e, principalmente, se façam ouvir.

Afinal, atrás de cada serviço, produto ou atividade, sempre existiu e existirá GENTE, ainda que programando robôs.


Açucena Calixto Bonanato

Nenhum comentário:

Postar um comentário