sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

LADO A


Quando eu via um deficiente no farol pedindo dinheiro, pensava comigo: ‘será que uma pessoa com deficiência não pode fazer nada mais digno do que apenas pedir ajuda na rua para sobreviver?’ Logo depois, li uma reportagem com a estatística de que 10% da população mundial tinha alguma deficiência.

Foi nessa ocasião, há 23 anos, que criei o Projeto Cidadania®, hoje um dos produtos do Instituto Pró-Cidadania, que ainda mantém os programas de retenção, da Rede IPC e do 4º Setor®.

Em 1991, veio a Lei de Cotas para Deficientes. De lá para cá, o tema ficou mais latente no meio empresarial, mas as barreiras e dificuldades para a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho ainda são visíveis. E eu sempre questiono: “será que, sem essa obrigatoriedade, as conquistas teriam sido as mesmas?”. Minha resposta é: “não”.

Como presidente do IPC, vivo essa realidade cotidianamente. Continuo insistindo na necessidade de conscientização das empresas e da sociedade civil para mudar esse cenário, para que as pessoas com deficiência passem a fazer parte da economia produtiva do País.

Um abraço,

Açucena

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